terça-feira, 11 de janeiro de 2022

Trilha Rota da Rapadura

Vivenciar a natureza em sua plenitude, na Viçosa do Ceará, é uma experiência que os turistas deveriam sempre buscar como primeira opção ao visitar a nossa Cidade. Nem todos têm conhecimento da riqueza natural de nossa região, porque não é inserido no roteiro de viagem, ou por não ser divulgado com a ênfase que deveria. Pensando em oportunizar os visitantes dentro do contexto de ecoturismo trago uma rota acessível para aventureiros que gostam de pedalar, mesmo para aqueles com pouca experiência poderão realizar sem muitas dificuldades, desde que esteja acompanhado com algum guia. A “TRILHA DA RAPADURA” é uma opção que une o contato com a natureza, cultura regional, trilhas com flora exuberante e ainda oportuniza conhecer o processo artesanal de fabricação da rapadura em um engenho tradicional de cana-de-açúcar. O percurso inicia no Polo Turístico da Igreja do Céu, um belo mirante de onde se pode vislumbrar a histórica Viçosa do Ceará, o terreno a ser percorrido é na sua maioria por estradas de terra com alguns trechos de singletrack e asfalto.
Passando pela região interiorana é possível observar o cotidiano pacato dos moradores até chegar ao casarão imponente, onde temos a parada na fábrica de rapadura, localizada no Sítio Ingá, podendo degustar e comprar os produtos feitos na hora, mas essa opção só é viável se a rota for realizada nas sextas-feiras pela manhã, já que acontece a fabricação com finalidade de vender na feira de rua realizada todos os sábados na Cidade. O percurso continua em volto as belezas naturais, podendo ser finalizado no próprio Polo Turístico da Igreja do Céu ou no centro histórico de Viçosa do Ceará, passando pela Fonte do Itacaranha, onde é possível se refrescar com um banho nas águas gélidas e cristalinas. Com aproximadamente 20km de percurso total, o passeio dura uma manhã agradável cheia de aventuras, sabores, clima serrano e contato ecológico por uma das cidades mais linda do Ceará, você não pode perder essa experiência inigualável. Veja alguns trecho em nosso vídeo do Youtube:

domingo, 20 de dezembro de 2020

Primeira experiência com bike fixa - Caloi 10 fênix (part. II)

Desde o momento em que encontrei a antiga caloi 10 abandonada numa casa em ruinas, meu pensamento foi salvar aquela pérola e criar uma bike fixa, pois era a única experiência com bicicleta que me faltava.
O processo de restauração da bicicleta foi rápido, mas encontrar os componentes principais para criar uma bike fixa em Viçosa do Ceará não era nada fácil, adquirir pela internet seria o caminho, porém, os valores principalmente dos fretes tornava inviável. Assim, no primeiro momento usei o sistema de contrapedal. Esse sistema de frenagem sofre muito com o relevo da cidade, os componentes apresentam problemas e troquei novamente, desta vez por um sistema convencional de freios, mas nunca desistindo da ideia da bike fixa.
Curiosamente em uma viagem à Sobral, procurava luvas de ciclismo e em uma bicicletaria pequena vi um cubo completo novinho para bike fixa, comprei no ato e voltei feliz para casa. Logo levei a caloi 10 (fênix) para pôr o cubo e finalmente ter minha bicicleta de roda fixa, retirei todos os freios que usava e pedalei um pouco no plano para sentir como se portava a bicicleta e meu corpo com esse novo sistema de tração, algumas pedaladas curtas nas proximidades de casa me deixaram mais confiante com o novo sistema, o qual é bem diferente de tudo que já havia experimentado em uma bicicleta. Hora de fazer um teste verdadeiro com a bike, alguns quilômetros de pedal com variedades de terrenos logo me mostraram o quanto estava despreparado para usar essa bicicleta, as ladeiras íngremes existentes em Viçosa do Ceará dificultam demais frear usando apenas o sistema de tração fixo, em certos momentos chegava a ser assustador.
Em casa refleti muito sobre toda experiência vivida durante aquele passeio feito com minha caloi 10 (fênix) fixa e cheguei à conclusão de não ter a capacidade para usar essa bike sem nenhuma forma de freio além do sistema de tração e apesar de não ser parte do plano inicial quando encontrei aquela bicicleta quase destruída, resolvi pôr um freio convencional na roda traseira para auxiliar na frenagem e me sentir mais seguro ao usar a bicicleta. Apesar de todas as dificuldades no começo para usar uma bike fixa, cada fez mais fico certo da decisão de transformar aquela velha bicicleta que encontrei abandonada em uma bela bike fixa e nomeá-la de FÊNIX naturalmente por tudo que ela passou.
Vamos pedalar, não importa qual é a bicicleta, importante é ser feliz.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Curta sua bicicleta.


Desde que consigo lembrar tenho a bicicleta como parte de minha vida, já possuí vários modelos de magrelas, mas nunca consegui passar muito tempo sem a sensação prazerosa de pedalar.
Da velha caloi bellineta, na qual tentava fazer as peripécias que meus colegas realizavam com suas BMX e caloicross, até minha moderna MTB AUDAX, muitas coisas se passaram, mas não minha paixão. Apesar da bicicleta ter sido quase esquecida na metade dos anos 90, elas ressurgiram com força não só como diversão para as crianças, mas como meio de transporte, ajuda na busca de uma vida menos sedentária, lazer, esporte e até relacionada à preocupação ambiental. A queda no uso da bicicleta por certo período no Brasil não me afetou, foi nesta mesma época que usei o capacete de ciclismo pela primeira vez na cidade interiorana que resido, Viçosa do Ceará, senti-me estranho por diversas vezes, pois também aderi ao short forrado e assim, era motivo de risos por onde passava. Hoje vejo muitos daqueles que riam e torciam o nariz quando passava, usando suas bikes, todas paramentadas e enfeitadas como uma árvore de natal.
Tive a sorte de casar com uma pessoa maravilhosa que sempre está ao meu lado nas minhas aventuras sobre duas rodas e que também é apaixonada por pedalar, assim como eu ela teve a bicicleta em sua vida desde cedo, mas com uma diferença: para mim começou como diversão de criança, para ela foi durante muito tempo o meio de transporte do sítio onde morava até a escola onde estudava 6 km por estrada de terra, fizesse chuva ou Sol. Como a maioria, minha esposa também deixou um pouco as magrelas de lado, mas foi fácil retomar esta prática, não mais como obrigação, mas pela sensação prazerosa que a pedalada propicia.
Para aqueles que não entendem esta euforia que a bicicleta proporciona, posso apenas lamentar o tempo perdido e aconselhar que comece a ter uma bike como parte de sua vida. Se você está há muito tempo sem pedalar ou simplesmente nunca teve esta alegria, não pense que é tarde, inicie aos poucos, adquira uma boa bicicleta, o que não significada necessariamente uma top de linha, pois lembre-se que você é o motor para impulsioná-la. Um equipamento bom exige menos manutenção e não lhe deixará na mão com tanta facilidade, procure lojas que entendam do assunto ou peça ajuda aos colegas mais experientes para comprar uma bicicleta de acordo com o uso que irá fazer e para seu biótipo. Assim, não gastará dinheiro sem necessidade e não terá incômodos ao pedalar pela má ergonomia na bicicleta.
Faça tudo no seu ritmo, não precisa realizar pedaladas longas ou ser parte de um grupo de ciclismo para se sentir um ciclista, mas tenha respeito nas vias e sempre que for possível opte por usar a bicicleta, é simples assim.

domingo, 2 de fevereiro de 2020

Outro olhar para o esporte na Ibiapaba


O esporte na Região da Ibiapaba sofre com uma falta de ação conjunta dos municípios, o potencial humano é pouco aproveitado por uma simples falta de organização da própria região.
As cidades poderiam criar um plano único de desenvolvimento do Esporte da Ibiapaba, que funcionaria tendo sedes diferentes para cada modalidade, como: São Benedito seria a sede do vôlei e Tianguá do futebol. Cada município sede das modalidades teriam o poder público como apoiador principal, dando condições mínimas para a realização dos treinos como local adequado, material esportivo, treinadores e alimentação. É importante ressaltar sobre a alimentação, pois os atletas não seriam apenas os moradores da própria região, mas de qualquer cidade da Serra da Ibiapaba. As localidades também deveriam se comprometer em disponibilizar o transporte dos seus atletas até o município da modalidade em que atuam, por exemplo: cinco jogadores de vôlei da equipe da Ibiapaba residem em Viçosa do Ceará, a prefeitura se compromete então, nos dias dos treinos e jogos, a levá-los até a cidade de São Benedito no horário correto.
Assim, todas as cidades da região estariam envolvidas. O desenvolvimento das modalidades em seus respectivos municípios envolve gastos, mas parceiros privados poderiam e deveriam sobrevir, aos poucos ter-se-ia a representação competitiva nos campeonatos cearenses, usando somente os atletas da região e dando a oportunidade e expectativa aos jovens do esporte.
A continuidade desse projeto só terá êxito se as bases das modalidades forem preparadas para termos o surgimento de novos atletas, a criação dos Jogos da Ibiapaba, abrangendo todas as modalidades em várias categorias, seria primordial, uma vez ao ano uma cidade seria escolhida para sediar o evento, com o apoio de todas as outras, financeira e moralmente. A parceria com as escolas públicas e privadas deve ser uma força importante para a realização dos jogos, pois é na escola que grande parte dos atletas começam na prática esportiva, mesmo que isso não seja papel oficial das escolas.
Para ter um nível elevado no projeto de grande porte como este, alguns pontos devem ser obrigatórios:
•Todas as cidades devem ter um setor responsável pelo esporte com profissionais qualificados na área;
•Todos os treinadores precisam ser profissionais formados em Educação Física;
•A arbitragem dos jogos principais deve ser dirigida por profissionais ligados a federação;
•Propiciar a formação e atualização de árbitros da própria Região da Ibiapaba, para que o nível dos jogos municipais mantenha um padrão elevado.
Para o sucesso de um projeto tão cheio de enlaces é necessário esquecer as diferenças partidárias e é essencial que os governantes lembrem do seu verdadeiro papel: trabalhar pelo bem-estar do seu povo.

Paulo Roberto C. Sousa
(88) 99718-7636

quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

2019 de muitas aventuras.




Mais um ano de aventuras se passou. Objetivos, desafios e muita alegria nas atividades realizadas, das mais curtas e leves as mais longas e desgastantes.
No final de 2017 parei com as organizações de eventos ciclísticos, o ano de 2018 foi uma readaptação e uma reflexão do que seria o ciclismo a partir daquele ponto para mim. As pedaladas foram acontecendo e cada fez mais foi se evidenciando o simples prazer de curtir a bicicleta, seja da simples barra circular a mais sofisticada MTB, cada uma com sua peculiaridade.  
Já em 2019 pude organizar meu calendário com as pedaladas que gostaria de realizar, sem a preocupação se faria sozinho ou acompanhado por outros ciclistas. Organizava para mim, desde o percurso, horário ou até mesmo a segurança, ou seja, tudo que fosse necessário para melhor executar o passeio, se os amigos interessados pudessem participar seriam sempre bem-vindos.
Além dessas atividades agendadas, continuei com a bike como meio de transporte na ida ao trabalho e as pedaladas dos fins de semana. O melhor de tudo foi poder sair para pedalar sempre que tivesse vontade, sem preocupação com horário de saída ou chegada e sem percurso certo. O prazer de pedalar ressurgiu com 100% de força, voltei a cuidar da minha alimentação para poder me desafiar mais ainda no ciclismo, por consequência o peso diminuiu e a saúde ficou bem melhor. A relação corpo e mente está retornando de forma harmoniosa em minha vida.
2020 chega e minhas metas, desafios e expectativas só aumentam, apenas posso agradecer a Deus por tudo que passou e pedir muita saúde para curtir os vários anos de aventuras que virão.

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Educação Física Escolar no Limbo


Pesquisa mundial afirma que quatro em cada cinco crianças são sedentárias. Resultado de espantar, mas nenhuma novidade que não fosse previsível. Uma frase dita em reportagem vinculada no “Hora 1” foi até meio irônica: - As escolas deveriam dar mais importância às aulas de Educação Física.
O mesmo sistema educacional que há anos vem tentando empurrar a educação física para o fundo da prateleira. Diminuem as horas de aula, tentativas de impor somente aulas teóricas, extinguindo as atividades práticas, improvisando professores de outras áreas para atuar na disciplina, principalmente nas séries iniciais, onde se cria o gosto pela prática das atividades. Os cabeças da educação no Brasil buscam espelhar nosso sistema de ensino em outros países, mesmo que as realidades sejam absurdamente diferentes. O mais incrível é ver nesses exemplos, a grande importância para com a disciplina de Educação Física. Nos Estados Unidos existem programas que acompanham o aluno atleta até concluir o ensino superior. No Brasil, criam-se Jogos Escolares que nada mais são do que “aparências”, para se dizer estar realizando algo relacionado esporte escolar. Não oferecem incentivos às escolas, poder público municipal e estadual só tendem a ajudar quando há destaques nas fases nacionais, pois é quando o interesse é voltado para a politicagem.
A função da escola não é formar atletas, mas formar cidadãos capazes de viver em sociedade, fazendo-se necessário aprender, compreender e respeitar regras, saber a importância dos valores, respeito às diversidades, desafios que só podem ser superados com o trabalho em equipe, a importância da harmonia entre corpo e mente para formação de um ser sociável e saudável, processo de aprendizado que a Educação Física proporciona como nenhuma outra disciplina do currículo poderia alcançar.
O maior mal da sociedade é comprovadamente será doenças causadas pela falta de hábitos saudáveis, mas esse futuro torna-se cada vez mais o presente. Tratar a doença é mais difícil, dolorido e apresenta um custo muito alto, mas infelizmente o Brasil não é um pais que pensa no futuro!


Paulo Roberto C. de Sousa (Trator)
CREF 009775-G/CE

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

TOUR DOS MIRANTES 2019



O “TOUR DOS MIRANTES” será um pedal passando pelos pontos elevados de Viçosa do Ceará, levando os ciclistas a deslumbrar as belíssimas paisagens de nossa Região.
Com percurso de aproximadamente 60 km e elevação considerável, não será um passeio leve, mas com todo o visual será recompensador.
Percurso:
Saída do Mirante da Igreja do Céu – Sítio Coroatá – Sítio Delgada –Sítio Araticum – Sítio Santo Antônio (Mirante da Pedra Rachada) – Sítio Buira – Viçosa do Ceará (Mirante da Pedra do Machado) – Bairro São José (Mirante da Pedra do Índio) – Sítio Olaria (Mirante do Morro do Itarumã) –Sítio Comum – Viçosa do Ceará (Praça do General Tibúrcio).

Cronograma:
*Data: 29/12/2019;
*Local de saída: Polo Turístico da Igreja do Céu;
*Horário de saída: 6h e 30min;
*Previsão de chegada: 11h (Praça do General Tibúrcio);

Obs. Evento em forma de passeio, sem carro de apoio, com altimetria considerável e passando pelos mais diferentes terrenos. Levar ferramentas de manutenção da bicicleta.

Informações:
fone: (88) 99718-7636
e-mail pr99248592@hotmail.com

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Classic Rally 2019 (13/10)


VOCÊ, AMANTE DE BICICLETA!!!

A evolução foi inevitável, mas o coração ainda palpita diferente ao olhar aquela “bike” – sonho de consumo dos seus tempos de garoto, aquela há gerações na família ou aquela retrô adquirida recentemente???

CLASSIC RALLY 2019
Unindo memórias e pedal

O prazer para aquele que gosta de bicicletas, não é simplesmente olhar a máquina empoeirar num canto de casa, mas poder pedalar e sentir o corpo se ligar àquela magrela tão estimada. O CLASSIC RALLY foi pensado com o objetivo de fazer não apenas um pedal, mas um evento para todos os que gostam de bicicletas antigas, de conversar, de trocar experiências e de sentir como era o cotidiano dos ciclistas, no período em que esse objeto era uma necessidade em nossa sociedade e não um simples bem de consumo.
Não haverá pressa durante o pedal, pois os limites de quem vai pedalar devem ser respeitados, como também os limites das velhas bicicletas que, em sua maioria, só possuem uma marcha, sistema de freios menos eficientes dentre outras particularidades. Terá uma parada para almoço e para relaxar um pouco no Balneário do Jair, aproximadamente com 50% do percurso percorrido; momento oportuno para uma boa conversa e para apreciar as máquinas dos participantes, tornando o acontecimento não só uma pedalada, mas uma espécie de encontro de bicicletas antigas e vintage.
Eventos desse tipo só têm um bom resultado se as pessoas interessadas no tema se dispuserem a socializar. Então, se você é colecionador ou só tem aquela “velhinha”, mas amada “bike” em casa, é chegada a hora de trazê-la com orgulho para pedalar.

NORMAS PARA PARTICIPAÇÃO:
*A bicicleta deve ter o estilo clássico das bikes de transporte: barra circular, barra forte, ceci, tropical, brisa, monareta ou similares;
*Poderá ser usadas bicicletas novas, mas com estilo vintage;
*A bicicleta deve ter as condições mínimas para uso (freios, pneus, movimentos de cubos, movimentos de direção, movimento central.....)
*As bicicletas precisam ter boa parte do estilo original de fábrica.
PROGRAMAÇÃO:
*Dia do evento: 13/10
*Concentração e saída do Polo Turístico da Igreja do Céu (saída 8h);
*Roteiro do percurso: Igreja do Céu – Sítio Barra – Santo Expedito – Lagoa Seca (almoço no Balneário O Jair) – retorno a Viçosa pela CE-187;
*Chegada na Lagoa Pedro II (previsão 15h).

Obs. O CLASSIC RALLY será em forma de passeio tradicional, não terá carro de apoio (levar ferramentas, kit de remendos ou câmara de ar) terá uma taxa de R$5,00 para uso do Balneário e o almoço por conta de cada participante.
Mais informações: (88) 99718-7636

terça-feira, 13 de agosto de 2019

Como foi o Rally Serra - Sertão 2019


O desafio no RALLY SERRA–SERTÃO (Volta do General Tibúrcio) é simplesmente acreditar ser capaz.

Realizado no dia do aniversário de um dos filhos ilustres de Viçosa do Ceará, Antônio Tibúrcio Ferreira de Souza, o herói de guerra e muito condecorado General de Brigada do Exército Brasileiro.
O RALLY SERRA–SERTÃO deste ano foi realizado no dia 11 de agosto, com o percurso que, além de não ser muito longo, revela muitos desafios, com trechos usados outrora por comerciantes e seus animais para trazerem mercadorias do porto de Camocim para a Serra da Ibiapaba, grandes descidas com terreno bem irregular, cascalhos, riachos e curvas fechadas, passando pelo Distrito que foi batizado de General Tibúrcio em homenagem ao esse filho ilustre de nossa Cidade e, para completar com um desafio à altura da figura que dá nome ao passeio, fez-se a escalada da Ladeira do General Tibúrcio que liga a localidade de mesmo nome ao Sítio Tope, aproximadamente 3,5km com uma inclinação de formigar as pernas dos ciclistas.
Só três ciclistas enfrentaram esse passeio em 2019 (Paulo Roberto, Tiago e Madson). Talvez pelo fato de ter ocorrido no dia dos pais, mas a realidade é que nem todos estão preparados ou têm coragem de enfrentar um pedal com esse estilo antigo, onde não há carro de apoio ou pontos de hidratação certos pelos caminhos; é só você, a natureza e sua “bike”.
Os caminhos podem ser duros, mas o prazer de sentir a vida correr pelo corpo e ter os desafios vencidos é que materializa a sensação de está vivo.

sexta-feira, 31 de maio de 2019

RALLY SERRA – SERTÃO (II VOLTA DO GENERAL TIBÚRCIO) 11/08


Essa aventura segue no estilo tradicional de passeio, sem carro de apoio, onde o importante é a chegada de todos sem incidentes, não é um evento oficial, mas uma reunião de ciclistas para realizar uma aventura e fazer uma singela homenagem ao Brigadeiro Tibúrcio, que por nós viçosenses é mais conhecido por General Tibúrcio.
Obs. Os ciclistas interessados devem estudar a rota para ter certeza que conseguem completar o trajeto e lembrar de levar material primordial para os reparos mais simples de suas bicicletas:
* Ferramentas;
* Kit de reparo para furos ou câmara de ar reserva;
* Elo de corrente;
Obs. Lembrar de fazer uma revisão preventiva em sua bike.
Programação:
* Saída do Polo Turístico da Igreja do Céu as 6h (tolerância de 10min);
* Parada no Distrito de General Tibúrcio;
* Parada ao final da ladeira do General Tibúrcio (reunir todos os participantes antes de recomeçar)
* Chegada na Praça do General Tibúrcio – Viçosa do Ceará;
Percurso: aproximadamente 45km no total, com elevação de 1.201m;
• Viçosa do Ceará: Igreja do Céu – Sítio Buira (nesse primeiro trecho tem uma descida muito técnica precisando descer da bike em alguns trechos.
• Sítio Buira – Sítio Umbarí (descida longa com terreno muito irregular e trechos de cascalhos)
• Sítio Umbarí – Distrito de General Tibúrcio (parada para repor energias e ver alguma manutenção na bike)
• Distrito de General Tibúrcio – Sítio Tope (Subida longa e com grau de inclinação grande, terreno asfaltado)
• Sítio Tope – Viçosa do Ceará (esse trecho é asfalto, até a chegada)
Obs. Sempre é bom levar dinheiro a mais para qualquer emergência.

Informações:
(88) 99718-7636 / (88) 98111-6222 (casa)
pr99248592@hotmail.com

sábado, 27 de abril de 2019

Brasil, país do futebol?


Falando com meus alunos sobre os resultados esportivos do Brasil no cenário mundial, percebi que todo brasileiro é condicionado, desde pequeno, a acreditar que o Brasil é o país do futebol, mas faz tempo que essa história virou fantasia.
Bicicleta, folha seca, elástico são jogadas que surgiram da criatividade dos brasileiros, mas o futebol-arte ficou num passado bem distante. Agora o que se tem são alguns títulos e muitos destaques individuais que nada acrescentam ao futuro dessa modalidade. Essa é a situação do futebol brasileiro.
Vamos esquecer um pouco tudo o que a grande mídia esportiva empurra na sociedade e voltemos os olhos para outra modalidade dita como segundo esporte no Brasil, o vôlei; com títulos no masculino e feminino supera, em muito, as conquistas do tão idolatrado futebol. O declínio na qualidade do futebol brasileiro iniciou no final da década de 80, pois na Copa do Mundo de 86 foi a última vez que se viu uma seleção com o fino do futebol; geração essa que ainda brilhou nos clubes até o início dos anos 90, mesmo período em que o vôlei brasileiro espantava o mundo com seu jeito de jogar. Saque jornada nas estrelas e viagem ao fundo do mar surgiam da criatividade da geração de prata, sendo que o último virou um fundamento básico para o vôlei no mundo.
Se o rei do futebol é brasileiro, o “Hall” da fama do vôlei estampa o nome de brasileiros que se destacaram mundialmente, fazendo história como atletas da referida modalidade. O estilo único de jogar em velocidade, habilidade e muita criatividade deixaram outros países sem saber como parar o Brasil e assim a evolução, nos anos 90, deixou o Brasil no topo do vôlei mundial. Diferente do futebol, essa evolução continuou dentro e fora das quadras. A liga Nacional de vôlei hoje tem estrelas internacionais das mais diferentes nacionalidades, defendendo os clubes brasileiros; coisa impensável na realidade do futebol nacional. Para um jogador europeu de alto nível, o pensamento de vir defender um clube brasileiro seria um retrocesso de carreira.
Como a maioria, eu também gosto de futebol; porém, não consigo mais ver toda a mídia valorizar o mundo do futebol e cegar o povo brasileiro para a evolução e o alto nível que o nosso vôlei atingiu. A verdade é que o Brasil mudou de país do futebol para o país do vôlei. Imaginem como essa evolução poderia ser ainda maior se esse esporte tivesse todo o apoio da mídia e dos patrocinadores como tem o futebol!

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Viçosa do Ceará, cidade turística?


Viçosa do Ceará sempre foi conhecida como uma cidade turística, mas esse título não veio só por conta do Polo Turístico da Igreja do Céu ou pelos velhos casarões.
O dito popular “a primeira impressão é a que fica” faz todo sentido para compreender-se a importância do clima de Viçosa do Ceará que tanto fascina o turista. Ao chegar pela primeira vez nessa cidade, o visitante sente-se em um oásis, em meio ao clima seco e árido da maior parte do nordeste. O olhar da sociedade para com o turista não pode restringir-se ao mirante da Igrejinha do Céu ou ao centro histórico de nossa cidade, apesar de sua grande importância cultural, pois, rapidamente, o turista percorre esses atrativos e tem a tendência a deslocar-se a outras cidades da região em busca de novas aventuras.
Para realmente a Cidade ter renda significativa com o turismo, é preciso fazer o visitante ficar mais de um dia no local e, assim, ter o consumo maior dos serviços oferecidos em todos os segmentos. A realidade só mudará se houver um outro olhar para as riquezas naturais dessa cidade, deixar de focar na especulação imobiliária que devasta as matas, com a única finalidade de lucros pessoais e temporários, para buscar formas de renda sustentáveis, usufruindo e preservando o bem maior dessa região: Natureza e Clima. Viçosa tem, a menos de 5km do centro, três mirantes naturais com acesso fácil; se houvesse cuidado pelos donos das terras, os quais, trabalhando em conjunto com guias da cidade, poderiam gerar renda para si e para os próprios guias, fornecendo um serviço prazeroso ao visitante. Trilhas de bicicletas, locais para rapel, cachoeiras, locais propícios para prática do vôo livre em conjunto com passeios, onde o visitante poderia conhecer mais sobre a vida interiorana e artesanal da produção de cachaça, rapadura, hortas orgânicas, artesanato com argila e renda, dentre tantas outras possibilidades, levando o turista a permanecer mais dias nas hospedarias, aumentando o consumo em restaurantes, bares, comércios e impulsionando o crescimento da renda em todos os segmentos da cidade.
Lembrando que o SEBRAE vem fazendo um belo trabalho de implantação da Rota Turística da Ibiapaba, voltada para o segmento turismo de aventura, mas, aparentemente, a maioria dos empresários de Viçosa do Ceará não tem dado o devido valor para esse importante empreendimento. Divulgar os pontos atrativos, preparar-se para receber bem o turista e melhorar o conhecimento administrativo de seu negócio e dos recursos que a região pode lhe oferecer e assim ter um negócio sustentável e de crescimento contínuo.
A sociedade de Viçosa do Ceará deve estar alerta e cuidar dos seus bens: naturais, patrimoniais e culturais, para, além de desenvolver o turismo como fonte de renda, preservar a identidade do povo viçosense, por gerações.