sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020
Curta sua bicicleta.
Desde que consigo lembrar tenho a bicicleta como parte de minha vida, já possuí vários modelos de magrelas, mas nunca consegui passar muito tempo sem a sensação prazerosa de pedalar.
Da velha caloi bellineta, na qual tentava fazer as peripécias que meus colegas realizavam com suas BMX e caloicross, até minha moderna MTB AUDAX, muitas coisas se passaram, mas não minha paixão. Apesar da bicicleta ter sido quase esquecida na metade dos anos 90, elas ressurgiram com força não só como diversão para as crianças, mas como meio de transporte, ajuda na busca de uma vida menos sedentária, lazer, esporte e até relacionada à preocupação ambiental. A queda no uso da bicicleta por certo período no Brasil não me afetou, foi nesta mesma época que usei o capacete de ciclismo pela primeira vez na cidade interiorana que resido, Viçosa do Ceará, senti-me estranho por diversas vezes, pois também aderi ao short forrado e assim, era motivo de risos por onde passava. Hoje vejo muitos daqueles que riam e torciam o nariz quando passava, usando suas bikes, todas paramentadas e enfeitadas como uma árvore de natal.
Tive a sorte de casar com uma pessoa maravilhosa que sempre está ao meu lado nas minhas aventuras sobre duas rodas e que também é apaixonada por pedalar, assim como eu ela teve a bicicleta em sua vida desde cedo, mas com uma diferença: para mim começou como diversão de criança, para ela foi durante muito tempo o meio de transporte do sítio onde morava até a escola onde estudava 6 km por estrada de terra, fizesse chuva ou Sol. Como a maioria, minha esposa também deixou um pouco as magrelas de lado, mas foi fácil retomar esta prática, não mais como obrigação, mas pela sensação prazerosa que a pedalada propicia.
Para aqueles que não entendem esta euforia que a bicicleta proporciona, posso apenas lamentar o tempo perdido e aconselhar que comece a ter uma bike como parte de sua vida. Se você está há muito tempo sem pedalar ou simplesmente nunca teve esta alegria, não pense que é tarde, inicie aos poucos, adquira uma boa bicicleta, o que não significada necessariamente uma top de linha, pois lembre-se que você é o motor para impulsioná-la. Um equipamento bom exige menos manutenção e não lhe deixará na mão com tanta facilidade, procure lojas que entendam do assunto ou peça ajuda aos colegas mais experientes para comprar uma bicicleta de acordo com o uso que irá fazer e para seu biótipo. Assim, não gastará dinheiro sem necessidade e não terá incômodos ao pedalar pela má ergonomia na bicicleta.Faça tudo no seu ritmo, não precisa realizar pedaladas longas ou ser parte de um grupo de ciclismo para se sentir um ciclista, mas tenha respeito nas vias e sempre que for possível opte por usar a bicicleta, é simples assim.
domingo, 2 de fevereiro de 2020
Outro olhar para o esporte na Ibiapaba
O esporte na Região da Ibiapaba sofre com uma falta de ação conjunta dos municípios, o potencial humano é pouco aproveitado por uma simples falta de organização da própria região.
As cidades poderiam criar um plano único de desenvolvimento do Esporte da Ibiapaba, que funcionaria tendo sedes diferentes para cada modalidade, como: São Benedito seria a sede do vôlei e Tianguá do futebol. Cada município sede das modalidades teriam o poder público como apoiador principal, dando condições mínimas para a realização dos treinos como local adequado, material esportivo, treinadores e alimentação. É importante ressaltar sobre a alimentação, pois os atletas não seriam apenas os moradores da própria região, mas de qualquer cidade da Serra da Ibiapaba. As localidades também deveriam se comprometer em disponibilizar o transporte dos seus atletas até o município da modalidade em que atuam, por exemplo: cinco jogadores de vôlei da equipe da Ibiapaba residem em Viçosa do Ceará, a prefeitura se compromete então, nos dias dos treinos e jogos, a levá-los até a cidade de São Benedito no horário correto.
Assim, todas as cidades da região estariam envolvidas. O desenvolvimento das modalidades em seus respectivos municípios envolve gastos, mas parceiros privados poderiam e deveriam sobrevir, aos poucos ter-se-ia a representação competitiva nos campeonatos cearenses, usando somente os atletas da região e dando a oportunidade e expectativa aos jovens do esporte.
A continuidade desse projeto só terá êxito se as bases das modalidades forem preparadas para termos o surgimento de novos atletas, a criação dos Jogos da Ibiapaba, abrangendo todas as modalidades em várias categorias, seria primordial, uma vez ao ano uma cidade seria escolhida para sediar o evento, com o apoio de todas as outras, financeira e moralmente. A parceria com as escolas públicas e privadas deve ser uma força importante para a realização dos jogos, pois é na escola que grande parte dos atletas começam na prática esportiva, mesmo que isso não seja papel oficial das escolas.
Para ter um nível elevado no projeto de grande porte como este, alguns pontos devem ser obrigatórios:
•Todas as cidades devem ter um setor responsável pelo esporte com profissionais qualificados na área;
•Todos os treinadores precisam ser profissionais formados em Educação Física;
•A arbitragem dos jogos principais deve ser dirigida por profissionais ligados a federação;
•Propiciar a formação e atualização de árbitros da própria Região da Ibiapaba, para que o nível dos jogos municipais mantenha um padrão elevado.
Para o sucesso de um projeto tão cheio de enlaces é necessário esquecer as diferenças partidárias e é essencial que os governantes lembrem do seu verdadeiro papel: trabalhar pelo bem-estar do seu povo.
Paulo Roberto C. Sousa
(88) 99718-7636
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