quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Trânsito para todos



É notório o aumento do uso de bicicleta, nas ruas de Viçosa do Ceará, mas falta um trabalho que possibilite um convívio de respeito entre ciclistas, pedestres e automóveis, que solucionasse um dos maiores medos dos ciclistas nas vias: segurança.
O trânsito não se compõe unicamente de veículos motorizados, como a grande maioria pressupõe. Ele contém regras que, se respeitadas, nos trariam a tão sonhada paz; mas até o poder governamental contribui negativamente, quando não mantém a conservação das estradas, incentiva a compra de carros, inchando as ruas pela falta de estruturas, de fiscalização, principalmente, a má educação dada ao povo brasileiro.
Nossas indústrias automobilísticas priorizam a potência e a velocidade, mesmo que nossas estradas determinem o limite máximo de 120km/h. Enquanto isso, os itens de segurança nos veículos, na grande maioria, são oferecidos pelos fabricantes, apenas como opcionais.
Os motoristas parecem viver em uma bolha, dentro do carro, um mundo a parte, onde a rua fosse deles, só eles tivessem direito e os outros nada. Ciclistas e pedestres também contribuem para o caos nas ruas: a falta de atenção, a falta de respeito, as poucas sinalizações que a eles se destinam; na falta destas, os ciclistas parecem desconhecer que devem seguir as orientações gerais do trânsito, às vezes, com a desculpa de não serem respeitados pelos veículos e isso vai se tornando uma bola de neve, cada vez mais incontrolável.
As regras e valores de um bom convívio social não são praticadas em nosso trânsito, porém o simples fato de respeitar o próximo, sem discriminação, seria o suficiente para um trânsito mais humano.
Preparar o cidadão a vida em sociedade também se estende a participar desse caótico mundo de nossas estradas que mais parecem uma praça de guerra.