domingo, 20 de dezembro de 2020
Primeira experiência com bike fixa - Caloi 10 fênix (part. II)
Desde o momento em que encontrei a antiga caloi 10 abandonada numa casa em ruinas, meu pensamento foi salvar aquela pérola e criar uma bike fixa, pois era a única experiência com bicicleta que me faltava. O processo de restauração da bicicleta foi rápido, mas encontrar os componentes principais para criar uma bike fixa em Viçosa do Ceará não era nada fácil, adquirir pela internet seria o caminho, porém, os valores principalmente dos fretes tornava inviável. Assim, no primeiro momento usei o sistema de contrapedal. Esse sistema de frenagem sofre muito com o relevo da cidade, os componentes apresentam problemas e troquei novamente, desta vez por um sistema convencional de freios, mas nunca desistindo da ideia da bike fixa.
Curiosamente em uma viagem à Sobral, procurava luvas de ciclismo e em uma bicicletaria pequena vi um cubo completo novinho para bike fixa, comprei no ato e voltei feliz para casa. Logo levei a caloi 10 (fênix) para pôr o cubo e finalmente ter minha bicicleta de roda fixa, retirei todos os freios que usava e pedalei um pouco no plano para sentir como se portava a bicicleta e meu corpo com esse novo sistema de tração, algumas pedaladas curtas nas proximidades de casa me deixaram mais confiante com o novo sistema, o qual é bem diferente de tudo que já havia experimentado em uma bicicleta.
Hora de fazer um teste verdadeiro com a bike, alguns quilômetros de pedal com variedades de terrenos logo me mostraram o quanto estava despreparado para usar essa bicicleta, as ladeiras íngremes existentes em Viçosa do Ceará dificultam demais frear usando apenas o sistema de tração fixo, em certos momentos chegava a ser assustador. Em casa refleti muito sobre toda experiência vivida durante aquele passeio feito com minha caloi 10 (fênix) fixa e cheguei à conclusão de não ter a capacidade para usar essa bike sem nenhuma forma de freio além do sistema de tração e apesar de não ser parte do plano inicial quando encontrei aquela bicicleta quase destruída, resolvi pôr um freio convencional na roda traseira para auxiliar na frenagem e me sentir mais seguro ao usar a bicicleta.
Apesar de todas as dificuldades no começo para usar uma bike fixa, cada fez mais fico certo da decisão de transformar aquela velha bicicleta que encontrei abandonada em uma bela bike fixa e nomeá-la de FÊNIX naturalmente por tudo que ela passou.
Vamos pedalar, não importa qual é a bicicleta, importante é ser feliz.
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020
Curta sua bicicleta.
Desde que consigo lembrar tenho a bicicleta como parte de minha vida, já possuí vários modelos de magrelas, mas nunca consegui passar muito tempo sem a sensação prazerosa de pedalar.
Da velha caloi bellineta, na qual tentava fazer as peripécias que meus colegas realizavam com suas BMX e caloicross, até minha moderna MTB AUDAX, muitas coisas se passaram, mas não minha paixão. Apesar da bicicleta ter sido quase esquecida na metade dos anos 90, elas ressurgiram com força não só como diversão para as crianças, mas como meio de transporte, ajuda na busca de uma vida menos sedentária, lazer, esporte e até relacionada à preocupação ambiental. A queda no uso da bicicleta por certo período no Brasil não me afetou, foi nesta mesma época que usei o capacete de ciclismo pela primeira vez na cidade interiorana que resido, Viçosa do Ceará, senti-me estranho por diversas vezes, pois também aderi ao short forrado e assim, era motivo de risos por onde passava. Hoje vejo muitos daqueles que riam e torciam o nariz quando passava, usando suas bikes, todas paramentadas e enfeitadas como uma árvore de natal.
Tive a sorte de casar com uma pessoa maravilhosa que sempre está ao meu lado nas minhas aventuras sobre duas rodas e que também é apaixonada por pedalar, assim como eu ela teve a bicicleta em sua vida desde cedo, mas com uma diferença: para mim começou como diversão de criança, para ela foi durante muito tempo o meio de transporte do sítio onde morava até a escola onde estudava 6 km por estrada de terra, fizesse chuva ou Sol. Como a maioria, minha esposa também deixou um pouco as magrelas de lado, mas foi fácil retomar esta prática, não mais como obrigação, mas pela sensação prazerosa que a pedalada propicia.
Para aqueles que não entendem esta euforia que a bicicleta proporciona, posso apenas lamentar o tempo perdido e aconselhar que comece a ter uma bike como parte de sua vida. Se você está há muito tempo sem pedalar ou simplesmente nunca teve esta alegria, não pense que é tarde, inicie aos poucos, adquira uma boa bicicleta, o que não significada necessariamente uma top de linha, pois lembre-se que você é o motor para impulsioná-la. Um equipamento bom exige menos manutenção e não lhe deixará na mão com tanta facilidade, procure lojas que entendam do assunto ou peça ajuda aos colegas mais experientes para comprar uma bicicleta de acordo com o uso que irá fazer e para seu biótipo. Assim, não gastará dinheiro sem necessidade e não terá incômodos ao pedalar pela má ergonomia na bicicleta.Faça tudo no seu ritmo, não precisa realizar pedaladas longas ou ser parte de um grupo de ciclismo para se sentir um ciclista, mas tenha respeito nas vias e sempre que for possível opte por usar a bicicleta, é simples assim.
domingo, 2 de fevereiro de 2020
Outro olhar para o esporte na Ibiapaba
O esporte na Região da Ibiapaba sofre com uma falta de ação conjunta dos municípios, o potencial humano é pouco aproveitado por uma simples falta de organização da própria região.
As cidades poderiam criar um plano único de desenvolvimento do Esporte da Ibiapaba, que funcionaria tendo sedes diferentes para cada modalidade, como: São Benedito seria a sede do vôlei e Tianguá do futebol. Cada município sede das modalidades teriam o poder público como apoiador principal, dando condições mínimas para a realização dos treinos como local adequado, material esportivo, treinadores e alimentação. É importante ressaltar sobre a alimentação, pois os atletas não seriam apenas os moradores da própria região, mas de qualquer cidade da Serra da Ibiapaba. As localidades também deveriam se comprometer em disponibilizar o transporte dos seus atletas até o município da modalidade em que atuam, por exemplo: cinco jogadores de vôlei da equipe da Ibiapaba residem em Viçosa do Ceará, a prefeitura se compromete então, nos dias dos treinos e jogos, a levá-los até a cidade de São Benedito no horário correto.
Assim, todas as cidades da região estariam envolvidas. O desenvolvimento das modalidades em seus respectivos municípios envolve gastos, mas parceiros privados poderiam e deveriam sobrevir, aos poucos ter-se-ia a representação competitiva nos campeonatos cearenses, usando somente os atletas da região e dando a oportunidade e expectativa aos jovens do esporte.
A continuidade desse projeto só terá êxito se as bases das modalidades forem preparadas para termos o surgimento de novos atletas, a criação dos Jogos da Ibiapaba, abrangendo todas as modalidades em várias categorias, seria primordial, uma vez ao ano uma cidade seria escolhida para sediar o evento, com o apoio de todas as outras, financeira e moralmente. A parceria com as escolas públicas e privadas deve ser uma força importante para a realização dos jogos, pois é na escola que grande parte dos atletas começam na prática esportiva, mesmo que isso não seja papel oficial das escolas.
Para ter um nível elevado no projeto de grande porte como este, alguns pontos devem ser obrigatórios:
•Todas as cidades devem ter um setor responsável pelo esporte com profissionais qualificados na área;
•Todos os treinadores precisam ser profissionais formados em Educação Física;
•A arbitragem dos jogos principais deve ser dirigida por profissionais ligados a federação;
•Propiciar a formação e atualização de árbitros da própria Região da Ibiapaba, para que o nível dos jogos municipais mantenha um padrão elevado.
Para o sucesso de um projeto tão cheio de enlaces é necessário esquecer as diferenças partidárias e é essencial que os governantes lembrem do seu verdadeiro papel: trabalhar pelo bem-estar do seu povo.
Paulo Roberto C. Sousa
(88) 99718-7636
quinta-feira, 2 de janeiro de 2020
2019 de muitas aventuras.
Mais
um ano de aventuras se passou. Objetivos, desafios e muita alegria nas
atividades realizadas, das mais curtas e leves as mais longas e desgastantes.
No
final de 2017 parei com as organizações de eventos ciclísticos, o ano de 2018
foi uma readaptação e uma reflexão do que seria o ciclismo a partir daquele
ponto para mim. As pedaladas foram acontecendo e cada fez mais foi se
evidenciando o simples prazer de curtir a bicicleta, seja da simples barra
circular a mais sofisticada MTB, cada uma com sua peculiaridade.
Já
em 2019 pude organizar meu calendário com as pedaladas que gostaria de realizar,
sem a preocupação se faria sozinho ou acompanhado por outros ciclistas.
Organizava para mim, desde o percurso, horário ou até mesmo a segurança, ou
seja, tudo que fosse necessário para melhor executar o passeio, se os amigos
interessados pudessem participar seriam sempre bem-vindos.
Além
dessas atividades agendadas, continuei com a bike como meio de transporte na
ida ao trabalho e as pedaladas dos fins de semana. O melhor de tudo foi poder
sair para pedalar sempre que tivesse vontade, sem preocupação com horário de
saída ou chegada e sem percurso certo. O prazer de pedalar ressurgiu com 100%
de força, voltei a cuidar da minha alimentação para poder me desafiar mais
ainda no ciclismo, por consequência o peso diminuiu e a saúde ficou bem melhor.
A relação corpo e mente está retornando de forma harmoniosa em minha vida.
2020
chega e minhas metas, desafios e expectativas só aumentam, apenas posso
agradecer a Deus por tudo que passou e pedir muita saúde para curtir os vários anos
de aventuras que virão.