quinta-feira, 20 de dezembro de 2018
BIKE COMO ESTILO DE VIDA
A opção de usar a bicicleta não é uma moda passageira, mas um estilo de vida que é cultivado com muito prazer, para quem tem a bicicleta como parte ativa de vida diária vai compreender o pensamento que irei expor nas linhas seguintes.
Respeito e parabenizo todos os que usam a bicicleta por qualquer motivo, mas para mim o prazer de usar a magrela vai bem além do esporte, transporte, cuidado com a saúde ou a modinha passageira. Pedalar pelo simples prazer, seja acompanhado, sozinho, no asfalto, na terra, em bikes super caras e tecnológicas ou nas velhas Monark barra circular, a sensação levada ao corpo, não importando o estilo da bike e o ambiente no qual se transita, pode trazer percepções e prazeres bem diferentes; porém para aqueles que estão de alma aberta a essa integração total.
Pegar aquela velha barra circular da década de 70 e seguir por estradinhas, com uma única marcha, o peso de uma bicicleta que nesse período era feita com pensamento de durabilidade e exigia o esforço físico do ciclista, remete a lembranças do tempo em que ter uma máquina assim era necessidade quase vital para pessoas simples, principalmente nas cidades interioranas e faz pensar em quantas histórias foram vividas por uma velha bicicleta dessa e seu dono. Poder sentir o prazer de pedalar nas primeiras bicicletas de estrada produzidas no país e ver como tinha que interagir com a magrela e seus componentes para poder tirar toda capacidade de seu corpo e da bicicleta, mesmo pegando essas novas máquinas cheias de melhorias para os ciclistas, onde o esforço é bem otimizado para não ter desperdício do prazer de se integrar o corpo, a máquina e o meio ambiente, ainda pode ser encontrado. Para aqueles que estão em busca de simplesmente conseguir status de recordistas em aplicativos de ciclismo ou precisam treinar para o esporte profissional, tendo o rendimento como prioridade, paciência; não vão poder desfrutar de uma boa pedalada.
Os momentos simples da vida, um canto de pássaro, uma árvore florida, belas cascatas e o nascer do Sol oferecem muito mais do que aquela medalha empoeirada na estante ou um status no aplicativo, curtido por pessoas que, na maioria, você nem viu pessoalmente.
- Seu estilo de vida não inclui a bicicleta? Tudo bem, busque algo que lhe dê paz e prazer sem incomodar os outros e viva cada momento intensamente.
quinta-feira, 29 de novembro de 2018
domingo, 12 de agosto de 2018
Rally Serra – Sertão (Volta do General Tibúrcio)
Essa foi difícil, mas outra meta de 2018 está finalizada, RALLY SERRA SERTÃO – volta do General Tibúrcio.
A trilha de hoje não podia ter outro nome: ANIVERSÁRIO DE 181 ANOS DO BRIGADEIRO TIBÚRCIO 11/08, para nós mais conhecido por "General Tibúrcio". O desafio não poderia ser pequeno frente aos feitos de bravura dessa figura ilustre; 40km de pedal com muita aventura, passando pelo distrito que recebe seu nome e tendo o maior desafio: subir a Ladeira do General com média de inclinação 12% e 3km de extensão.As pernas pareciam queimar e o coração a todo vapor para não ficar pelo caminho.
Desta vez a esposa e companheira de aventuras não pôde ir, mas os amigos Madson e Tiago estavam lá, curtindo todo o sofrimento da trilha comigo. No final, o cansaço era visível em nosso semblante, assim como nosso prazer de ter vivido mais uma história.
Valeu amigos!
sexta-feira, 20 de julho de 2018
CICLOTURISMO Viçosa – Ubajara – Viçosa
No dia 15 de julho, alcançamos mais uma das metas estabelecidas para 2018, uma bela viagem de bike até o Parque Nacional de Ubajara.
Desta vez, além da minha esposa, tive a companhia do amigo Madson na realização dessa aventura. Saindo antes das 6h, da Delgada, pudemos percorrer, sem muito trânsito, a estrada entre Viçosa do Ceará e Tianguá, mas logo que chegamos próximo à entrada de Tianguá, o vento começou a castigar muito; precisamos fazer mais força e o ritmo diminuiu bastante. Nada que impedisse nossa viagem. Chegando a Ubajara, a primeira parada não podia ser outra: Caldo, na Lanchonete Matriz, o melhor da Região. Descansados e bem alimentados, partimos para o Parque Nacional de Ubajara, onde fomos muito bem recebidos, desde a entrada, pelos funcionários. O guia Marcos nos levou pela bela trilha de bicicleta do Parque, passando por atrativos naturais incríveis: Mirante do Alemão, Cachoeira do Cafundó e ainda pudemos ver um bando de macacos e “papear” sobre toda aquela riqueza natural que, muitas vezes, os moradores da própria Serra da Ibiapaba não têm interesse de conhecer.
O tempo passou rápido. Hora de almoço. Partimos para outro atrativo da cidade de Ubajara – Balneário do Boi Morto, distante 13km da sede, mas uma percurso que vale a pena; lugar agradável, pessoas bem receptivas e comida de qualidade. Depois da boa refeição e do descanso, é hora de continuar a aventura. Saída do Balneário em direção ao Açude do Jaburu, onde constatamos uma infeliz realidade; apesar do bom período chuvoso na região, o nosso reservatório de abastecimento de água ainda está com um nível muito baixo. Da parede do açude, retornamos a Tianguá, onde fizemos a última parada para abastecer os reservatórios de água e repor as energias, antes de continuarmos a viagem para casa.
Foram 151km de muita aventura, bom papo e conhecimento em uma viagem tranquila, sem problemas mecânicos. Cansados, doloridos mas com uma sensação de alma e mente revigoradas e cada fez mais apaixonados por pedalar.
sexta-feira, 1 de junho de 2018
Copa Ibiapaba de MTB (III Castelo Clube de MTB)
No dia 20 de maio, estive participando da 4ª Etapa da Copa Ibiapaba de MTB, realizada na Cidade de Ubajara.
Logo ao chegar, pude ver a excelente estrutura oferecida pela organização, uma receptividade incrível por parte de todos, a alegria era nítida nos rostos de quem ali se encontrava. O circuito todo dentro de um espaço fechado, usando a estrutura da Pousada da Neblina, o qual ainda oferecia um atrativo àqueles que acompanhavam os ciclistas, já que esse local é um atrativo turístico da Cidade, deixando assim tudo mais seguro tanto para os competidores quanto para os espectadores. Com um percurso muito técnico e travado, fazendo jus ao nome da prova, III Castelo Club de MTB XCO dos Tabajaras, um XCO de altíssimo nível que não deixaria nada a desejar em comparação a outras provas desse modelo no Brasil.
A minha participação estava como uma de minhas metas para esse ano, mas com meu despreparo físico, em um circuito que exigia o máximo do ciclista, não consegui completar a prova; então, já vejo a possibilidade de participar em mais uma etapa da Copa Ibiapaba de MTB, pois essa foi a primeira vez que não completei um percurso.
Parabéns a todos os envolvidos na organização dessa belíssima prova e em especial ao amigo Felipe, Presidente da ASSOCIP, que vem lutando muito pelo desenvolvimento do ciclismo na Serra da Ibiapaba.
terça-feira, 10 de abril de 2018
Ladeira da Oiticicas
Mais um da série "Ladeira a baixo em Viçosa do Ceará" apesar de ser asfalto não deixa de ser perigosa, com muitas curvas fechadas e trechos mais ingrimes. É só ter cuidado e curti a descida.
sábado, 3 de março de 2018
Caloi 10 Fênix (bike urbana)
Na segunda feira, 26 de fevereiro, não sei por que resolvi voltar do trabalho, na minha bicicleta, por uma rota diferente da que uso normalmente. Sem muita preocupação, só queria curtir a pedalada e o visual diferente da rotina.
Na tranquilidade do pedal, deparei-me com uma casa em ruínas, a qual já havia observado outras vezes, mas, nesse dia, ela tinha perdido mais algumas paredes; acredito que por conta das fortes chuvas ocorridas no fim de semana. Com a queda das paredes, ficou amostra uma velha bicicleta encostada, com apenas uma roda e em péssimo estado de conservação. Não resisti e parei para olhar; primeiro pelo estilo do guidão de “speed” que vi de longe e, acreditando ser uma antiga Caloi 10, resolvi chegar mais perto. Para minha surpresa, o quadro aparentava um ótimo estado, apesar de muito sujo, pintura mal feita, mas nada quebrado ou áreas críticas de ferrugens. Tentei seguir viagem, mas não consegui deixar aquela preciosidade sem saber qual seria o destino dela. Retornei até uma casa vizinha para saber de quem seria a propriedade. Quando conversava com o morador, eis que chega o dono da referida casa em ruínas. Prontamente perguntei qual seria o destino daquela velha bicicleta encostada em meio aos destroços. A resposta foi surpreendente: “ É para pôr no lixo”, não pude acreditar e indaguei se poderia levar para mim, ele sem pensar disse: “Pode levar isso”.
Agora a questão era como levar a velha bike de bike??? Pensei em deixar lá, ir em casa e voltar de carro para pegar, mas logo veio à cabeça. E se outra pessoa passar e pegar antes do meu retorno, pois ainda faltavam uns 5km para chegar em casa, vou dá um jeito de equilibrar-me pedalando e levando a bicicleta, segurando pelo guidão. Deu um certo trabalho, câimbras no braço por conta da posição e por onde passava via os transeuntes rindo daquela cena inusitada, mas eu ia todo feliz já pensando como ela iria ficar depois de reformada. Ao chegar em casa, já tinha todo o processo de como seria a restauração dela.Não tive descanso; foi entrar em casa e já começou o primeiro passo da recuperação: desmontar e limpar a bicicleta. Ao final dessa etapa, surpreendeu-me o estado do quadro; praticamente intacto para as condições na qual achei a Caloi 10. O único problema que pude ver foi a gancheira que havia sido serrada, mas para o que tinha pensado em fazer com ela isso não seria problema.
Depois de limpa, pude perceber que se tratava de uma Caloi 10 Sprint, na cor dourada. Levei o quadro, na mesma tarde, para o pintor; decidi pela cor prata, já que não seria uma volta a originalidade e sim uma modificação. Apressei o pintor ao máximo para entregar logo o quadro pronto; o prazo ficou para sexta, dia 02 de março. Passei então para ver quais as peças que eu teria em casa e que poderiam ser usadas no projeto. Reuni algumas coisas, fiquei na expectativa para receber o quadro pronto e começar a montagem.Sexta dia 02 de março, peguei o quadro, que por sinal ficou lindo na cor prata, e parti direto para a loja Debora Ciclo em Tianguá. Hora do passo seguinte! A montagem que durou toda a tarde. Resultado: uma bike urbana com sistema contra pedal surge quase ao anoitecer.
Como uma fênix renascida das cinzas, essa velha bicicleta ressurge com um novo estilo e pronta para uma nova vida de aventuras.
terça-feira, 13 de fevereiro de 2018
Novas leis para bicicleta no trânsito.
Sempre defendi que a bicicleta fosse lembrada como parte integrante do trânsito em nosso País, mas as poucas leis que surgem parecem ser feitas por quem tem pouca noção do ciclismo e suas várias modalidades. As leis que entrarão em vigor, neste ano, não se atentaram para a amplitude que o ciclismo oferece.
A obrigatoriedade de alguns acessórios merece uma análise mais detalhada. É o caso do retrovisor obrigatório do lado esquerdo da bicicleta. Esse acessório, para quem usa a bike no meio urbano, tem utilidade, apesar da maioria dos retrovisores não conseguirem cumprir a eficácia desejada; mas para quem usa a bicicleta em estradas não pavimentadas sabe ser algo impossível, conseguir ver algo. E para aqueles que são adeptos da mountain bike há ainda o perigo de acidentes com retrovisores de aste de ferro e espelhos de vidro, pois a queda é algo mais corriqueiro nessa prática.Para as bicicletas específicas de estrada (speed), não há nenhuma forma eficaz de colocar um retrovisor no guidão, porque qualquer trepidação acaba com a visibilidade.
Tem ainda os refletivos (olho de gato) nos pedais; mas se já é obrigatório as sinalizações atrás e na frente da bike, não entendo essa obrigatoriedade nos pedais, uma vez que é quase imperceptível.E para quem usa pedal de clip, próprio para sapatilhas, como faz? Não pensem que só atletas usam esse tipo de equipamento; além da performance, tem a importante função de posicionar o pé de forma correta, evitando o desconforto e problemas físicos.
Não entendam mal, sou a favor, sim, da maioria das leis que serão implantadas, porque, infelizmente, muitos ciclistas se colocam em risco e, por consequência, arriscam terceiros, quando desrespeitam às leis de circulação das vias, trafegam de forma irresponsável pelas calçadas e outros absurdos que vejo por aí.
Tenho um certo receio dos abusos que os ciclistas poderão sofrer por conta de leis mal elaboradas ou sujeitas a várias interpretações, dando margens a um desestímulo do uso da bicicleta, indo assim em contrapartida ao fluxo mundial, em que o uso da bicicleta é amplamente incentivado.
É preciso, sim, respeitar para ser respeitado no trânsito, mas as leis devem servir para facilitar o convívio harmonioso entre automóveis, pedestres e ciclistas.
Se você tem interesse em saber todos os artigos da leis de trânsito relacionados a bicicleta, a baixo tem o link do site "Escola de Bicicleta" que trás tudo para você de forma bem simples.
http://www.escoladebicicleta.com.br/dicasCTB.html
quinta-feira, 25 de janeiro de 2018
Bike e Percepção do Mundo
Ir de bicicleta todos os dias ao trabalho pode até parecer tedioso aos olhos da maioria, mas para mim é uma renovação espiritual diária.
O percurso pode ser o mesmo, todas as vezes, mas para quem observa o entorno do caminho que percorre vê uma natureza viva e em constante transformação. Assim, nenhuma viagem é completamente igual a outra. Pequenas variações como uma flor à beira do caminho ou um pássaro de canto esplendoroso lembram a beleza que é a vida e a sorte de quem pode desfrutar das maravilhas desse mundão.
O homem deve buscar integração com a natureza numa simbiose que represente a relação íntima de vida em comum entre o homem e a natureza, em proveito mútuo; mas, infelizmente, cada vez mais, presencia-se o oposto. Uma sociedade individualista, de um consumismo fútil e de valores esquecidos traça um caminho para um futuro fadado a decadência plena do ser humano e do meio que o cerca.
Ainda tenho o privilégio de usufruir da diversidade em meu cotidiano, mas muitos trocam essa dádiva pela comodidade e culpam o tempo pela rapidez com que levam a vida.
O tempo é o mesmo para todos; a diferença são as prioridades de cada um.
domingo, 14 de janeiro de 2018
Alcançando a primeira meta de 2018.
O ano só inicia e já conseguimos atingir uma das metas para nosso 2018.
A “Volta do Juá” não é um percurso muito longo e muito menos complicado, mas é uma boa prova para saber como está o condicionamento. Com muitas subidas, vento contra e um trecho com um pouco mais de 1km em calçamento, terrível para as speeds, eu e minha esposa podemos percorrer os 56.8km em cerca de 2h e 49min, muito bom para o primeiro objetivo do ano, pena não passar na cachoeira de Pirapora, já que nesse período ainda está sem água.
Não é o tempo ou muito menos a distância, mas o prazer de pedalar, curtir as belas paisagens, a parceria de minha amada companheira que me leva sempre em frente rumo a novos desafios.
segunda-feira, 8 de janeiro de 2018
Trilha Castelo de Pedras (Viçosa do Ceará)
Podendo ser percorrida em cerca de 25min. do centro de Viçosa do Ceará até o destino "Castelo de Pedras (Lajes)", a trilha cheia de singletrack é ideal para quem que curtir um pedal com os amigos e ainda aproveitar uma das belezas naturais de Viçosa.